domingo, 28 de agosto de 2011

Por que estou aqui?
















Por que eu estou aqui?
E você está aí?
Por que não estamos em todo lugar?
Por que as barreiras e os limites?
E as paredes?

Devo eu dizer o porquê?
Sendo eu só mais um insatisfeito, incoerente?
Um louco que nada sabe?

Por que o céu é azul? Mais uma vez a mesma pergunta já feita... Por quê?
O que é que nos move e guia no meio destes caminhos tortuosos?
Onde é nosso pouso, nossa chegada?
Nosso carinho, nossa bela morada...

O que deles foram feitos?
O sonho, Çucena,
O que fizeram de nosso sonho, Çucena?
O que fizeram de nós?

Só o tempo pode dizer ou calar...
Essa verdade ou essa mentira.
Só o tempo e o vento que nos leva nos braços sem nada saber.
Por tudo querer.

É só o tempo... Somos só nós.
Pequenos em nossa grandeza.
Grandes... em nossa insignificação!
E vimos e vamos... calados como a rocha que dormita nas margem de nosso caminho....
Talvez até mais calados, uma vez que elas não tem o dom/privilégio de falar.

Todos calados contendo uma grande verdade...
Mas faz-se silêncio profundo e obrigado sobre ela...
Que jaz nos túmulos seculares, há milênios encerrada.
Ela... o motivo e a causa primeira... preterida... como nós diariamente!

No final das contas... não se diz nada. E vai-se, também, com nada!
E no pó se espalha a verdade fingida. Reprimida... Hereditária!!!
Nada se diz!!!

Por que as estrelas que caem me doem?
Por que a empatia profunda perante o mundo
Tão adverso à própria empatia?

Chama... chama fria... banha meu corpo vindo de há muito tempo.
E de repente, me vejo só e nu no mundo que me atravessa e nada me diz!
E me queimo no silêncio. E morro, também na covardia. Enquanto mato minha nossa verdade periclitante e sombria.
Mas cheia de luz!!!!

Verdade?
Quem sou eu para falar de verdade!!!???
São apenas impressões de um algo maior que minha compreensão não concebe.
Nem poderia.
Isto é o que tenho:
Este momento novo e velho e agudo.
Porém feliz em sua contemplação!!!