domingo, 28 de agosto de 2011

Mercado de Trabalho













Mercado de trabalho.
Mercado de trabalho, eu escuto o clamor
Dos que sonham, dos que sofrem,
Dos que morrem no labor.
Vendendo-se como prostitutas,
Despindo-se do seu valor...
Tornando-se coisas usáveis e descartáveis,
Sem nenhum pudor.

Mercado de trabalho, mercado do horror!
Em não se cismar sozinho a noite,
Menos prazer se encontrar cá e padece-se um pouco todo dia sem se saber...
Existe algo maior.
Algo bem maior que esse mundinho do dia-a-dia cruel.

Dos sonhos? Só restam os pedaços que o vento desolador da vida doída não levou!
E trabalha-se. E vive-se. E morre-se. Em vão! Sem sentido algum.
Além do estar vivo. Animalicamente vivo.
Perenemente alienado!