quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Alma Tristemente Gêmea

Por que imenso amor tinha que ser o meu?
E sendo imenso, por que não a consumação?
Por que o não-beijo, por que as não-mãos?
Por que eu perante você sem saber...
Nem conhecer o caminho(?)

Além do não-ser, o que me resta?
Além do meu querer, o que vislumbro dentro da noite densa?
Além de mim... senão você.

O que... além de você, que já não vejo, nem tenho?
Eu?
Eu não.
Eu sou pouco demais. Eu sou apenas ausência.
Sou apenas um adeus forçosamente dito.
Uma presença em prantos,
Um pranto maldito.

Sou eu a vida incompleta,
A alma, tristemente, gêmea.