quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Para Quem Falo?















O que é minha presença se não este algo que se perde na imensidão de meu caminho?
O que são meus passos tortos se não meus sonhos mortos,
E uma coroa de espinhos?

A amargura o que é?

O que é que me toca se não o medo da consumação?
Para quem falo se não para passos errantes?
Para símbolos que não vejo.
Para o amor que se vai.

O que sinto em meu ser se não o vazio,
A ausência lacerante,
A dor?

O que faço eu do meu sonho se não pesadelo?
O que é certeza em mim que eu não negue?
O que são os beijos se não o sangue,
Se não o desejo?

O que é fogo que eu já não tenha apagado?
O que é meu que eu já não tenha largado?

Um beijo, um abraço
Um aperto de mão.
Algumas palavras soltas
Quer boas quer não.