As estrelas pegaram fogo, meu Deus!
O que será de nós?
O que será frente ao inimigo qeu nos cerca?
O inimigo que nos apavora?
O que, com o medo nos olhos?
Com o laço na boca?
O que eu fiz?
O que eu fiz, meu Deus?
O que eu fiz para em meus olhos se instalar o choro?
E na minha carne o insatisfeito beijo?
Não queria...
Mas meu rio secou!
Minha carne, do prazer se afastou.
E tudo se foi assim:
Aos poucos... calmamente...
Para que eu aceitasse tudo.
Para que não houvesse protesto.
Meu Deus, não houve!
Agora amargo na covardia.
Sou perceguido pelo vento, que as folhas levanta e nada tem contra mim.
Mas ele vem.
Ele vem e me apavora.
Gela-me os ossos. Revira-me os estômago.
Eu aceito.
Meu Deus, sou permissivo!
Por que tinha que ser?
Por que o por quê?
Por que não a claridão?
Por quê todos as coisas me fogem... sem que eu as possa conter?
Qual pequeno ser que nada pode e tudo quer...