sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Amor Sozinho

Amo um ser que não ver.
Amo um ser que se faz centro de meu mundo, não tendo, contudo, ciência disso, ele.
É um ser que sei inacessível. É amor que sei irrealizável.
Meu amor, sempre guardou, junto de si, dor e amargura.
Nada seria fácil, tudo seria loucura.
Vi-me despojado de todas minhas defesas,
De todo meu comedimento.
Eu era dele e estava entregue à sua sorte.

No entanto, os olhos do amor que tenho tem brilho voltado para outras estrelas.
Tem vontades e necessidades que o afastam, mais e mais, de mim.
Restando-me, pois, o amargor de uma solidão não querida:
A rara que me permito.

Ele que todo meu corpo tem e que perturba cada ideia minha.
Ele que tem o cheiro do paraíso perdido, naturalmente esplendoroso.
Ele que meus abraços não abraçarão.

O amor é algo difícil.
O amor não não para minha satisfação.
Agora, tenho, somente, que passar.
Há limitação. Há dor. Há algo por vir.