segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sinto-me

O que estou fazendo de minha vida ao fazer o que faço?
Será que não é evidente meu tropeço, meu desgaste?
E sendo, não deveria eu refreiar meus passos?

Sim, deveria eu fazê-lo!
Mas este algo que me impele é maior que minha vontade!
É um não-ser mais que meu ser!
É meu inconsciente clamando por animálica liberdade!

Então me dispo de mim!
Afasto, de meu cerne, alguns valores cabrestais!
Mas nunca o faço demais!

Vejo-me. Toco-me. Sinto-me. Como criatura mundana que sou!
Cheiro. Como. Bebo. Todo meu torpor!
E desvaneço em minhas próprias inglórias mãos!
Até o luzente brilho da razão me salvar!

Sou eu novamente! Sem ser eu e sendo eu!
Estando cru e nu perante meus negros olhos!
Sem entender... o porque faço!

Simplesmente... faço esta vida... assim!
E passo!